Cordisburgo (Gruta do Maquiné)
Terra de Guimarães Rosa
Cordisburgo, ainda sobre o que o maravilhoso estado de Minas Gerais tem para oferecer.
Realizamos, a convite do Governo de Estado de Minas Gerais, uma presstrip para que pudéssemos conhecer um pouco mais de Minas e seus encantos, assim como já escrevi em posts anteriores como o do Parque Nacional Caverna do Peruaçu e Parque Estadual do Sumidouro.
Nunca tinha ouvido falar da cidadezinha mineira de Cordisburgo, antes de receber via e-mail o itinerário dessa trip, mas assim que recebi, pesquisando descobri que tem menos de 10 mil habitantes e fica á 130 KM de Belo Horizonte.
O que fazer
Fui pesquisar, e pra minha alegria soube que o berço do poeta Guimarães Rosa. Em Cordisburgo está a casa que viveu o grande poeta até os seus 9 anos de idade e que hoje abriga o Museu de Guimarães Rosa.
Suas obras, seus jardins e as dependências da casa estão, em sua maioria, estão reproduzidas como foram na infância do poeta.
A visita culminou na apresentação das adolescentes que compõem o Projeto Contadores de Estorias Miguelim. Encenam voluntariamente e com maestria trechos de obras do poeta mineiro. Muita emoção em cada estrofe.


Muito próximo ao museu, o bônus que Cordisburgo reservou para nosso grupo. Na mesma rua um estabelecimento ainda fechado guardava a mais agradável surpresa do dia.
Com uma ligação das anfitriãs Carol e Thalita (representantes do SETUR – Secretaria de Turismo do Governo de Minas Gerais), lá vem ele, o Sr Brasinha.
Sabe aquelas figuras que deveriam ter placa de patrimônio do lugar onde vivem? Pois bem, o ”Seu” Brasinha é digno de se amarrar no pé da mesa e não deixar fugir, rs. Dono de uma inteligência ímpar e sensibilidade notória, esse senhor cativa quem faz a visita a sua ‘‘loja” de antiguidades que nada se vende. Sim, nada está a venda na loja.
Ficaria por alí umas 4 horas e ainda assim não conseguiria enxergar tudo que tem no estabelecimento.


Cada objeto nos remete ao passado. Desde brinquedos, eletroeletrônico passando por máquinas de escrever e terminando em miudezas. Tudo muito bem conservado e valorizado pelo apaixonado Sr. Brasinha.
Ouví-lo descrever algumas das histórias dos objetos me fez chorar, geralmente pessoas que demonstram sensibilidade e amor pelo que fazem me causam essa reação considerando o mundo e o momento atual.
Aqui não conseguiria descrever, por mais que eu quisesse, como foi estar no seu estabelecimento, por isso, recomendo a visita ao Ave Palavra. Observe no canto direito a fachada na foto abaixo.


Gruta do Maquiné
Para fechar nosso longo dia com chave de ouro, partimos para conhecer mais uma gruta de Minas Gerais, a Gruta do Maquiné.
A Gruta do Maquiné tem área aproximada de 12.000m², 650m de salões para desbravar a 18 m de profundidade. A temperatura em seu interior varia de 18 a 22 graus, sempre.
Ao contrário do que se possa pensar, cada uma das grutas que estavam em nosso roteiro tinha sua peculiaridade, e beleza única nos fazendo ter a certeza de que uma não é igual a outra.
Com estrutura muito boa para visitação, iluminação adequada, adentramos em mais essa.


O gestor, Sr Mario foi quem nos conduziu aos lindos salões e com conhecimento de veterano nos fez conhecer desde as delicadas e antiquíssimas formações de estalactites, até um serzinho que lá habita, segundo ele, o único morceguinho hematófago da gruta, um fofo.
Vale saber: Horário de funcionamento da Gruta do Maquiné: 8am às 5pm
Onde ficar
Nós nos hospedamos em um ótimo hotel que fica na entrada da cidade, tudo organizado pelo SETUR, o Maquiné hotel, mas há opções para todos os gostos e bolsos já dentro da cidadezinha de Cordisburgo.
Onde comer
O restaurante da vez foi o Chero’s, praticamente dentro do parque e serve um delicioso feijão tropeiro entre outras comidas típicas da gastronomia mineira. Há também no mesmo local uma loja de souvenirs caso queira trazer uma boa lembrança de lá.


Enfim, a visita a Cordisburgo e a Gruta do Maquiné foi incrível, nós, do Borala, super recomendamos!!
Leia mais
Viajante desde dez. de 2006, já carimbou 4 dos 5 continentes. Tem alguns hobbies como a fotografia, a gastronomia, a vida off-road e curte a pegada de natureza, lugares exóticos e turismo social. Sempre de malas prontas, não perde uma oportunidade de sair por aí!
Muito bacana, não conhecia essa região de Minas! O Brasil é super rico culturalmente né? Adorei!
tô aqui me perguntando como ainda não conhecia essa cidade!
haha, poxa… minas gerais é incrível mesmo!
aquela foto do centrinho ali lembra muito a minha cidade, a arquitetura é muito semelhante. gostei do seu relato, realmente viajou no tempo!
Fico impressionada com tanta riqueza que o interior do Brasil oferece! Nunca imaginaria uma viagem como essas. Parabéns pelo relato.
oi Lu… vou começar dizendo o seguinte! Adoro um feijãozinho tropeiro. rsrs
As pessoas são mesmo surpreendentes né?! Imagine só encontrar um lugar desse, o Ave Palavra, cheio de relíquias afetivas e histórias. Eu poderia esquecer da vida em um local assim!
AMO uma casa-museu! É mais fácil visitar o passado assim, penetrando nos objetos dos artista, né?! bjs
Adorei o relato, eu tenho vontade de conhecer a Gruta do Maquiné e a terra de Guimarães Rosa. Parabéns pelas dicas!
Que show! Nunca tiha ouvido falar de Cordisburgo, isso porque amo Minas gerais! Que legal vocês compartilharem sobre algum lugar diferente, adoro conhecer lugares que poucas pessoas conhecem! rss
O senhor Brasinha parece ser um amor mesmo. Muito legal essa “loja” de antiguidade, adoro esse tipo de loja!
Muito lindinha a Gruta do Maquiné, realmente a estrutura é muito boa porque já fui em grutas que não tinha nem iluminação, tinha que ficar só na lanterna! rss
Nem me fale de feijão tropeiro, porque eu amo! haha! Alias, comida mineira é bom demais! Fiquei com vontade! haha!
Adorei o post! 😉
Ahhhhh! Que legal! Passei pertinho mas não deu pra conhecer! E agora vi o que perdi! Oh, céus! Mas dá próxima não passa! Adorei o post! 😘😘
Ah, que legal ler sobre a Gruta de Maquiné! Todos os anos que ia para o Rio de carro com meus pais, parávamos lá na gruta para almoçar e também para visitar o interior. Isso parou de acontecer há alguns anos (13, talvez?!) quando criei asas e comecei a viajar sozinha.
Incrível como esse lugar ainda mexe comigo! Boas lembranças lendo esse post.
Ainda tem o E.T, que mexia quando o guia colocava a luz da lanterna?
Adorei o post!
Lendo ele me bateu uma saudade imensa dessa região que visitei há mais de uma década!
O Brasil tem tantos lugares incríveis e gostaria que o viajante brasileiro valorizasse mais a própria “casa” ao escolher os destinos!