Punta del Diablo
Alrernativa praia no Uruguai
Assim que descemos na rodoviária de Punta del Diablo, o funcionário de um hostel local se apresentou e nos ofereceu desconto se ficássemos hospedados em sua acomodação. Empolgados, nos deixamos levar pela “promoção” e cometemos um pequeno erro.
Diego, o funcionário do hostel, nos prometeu quatro dólares de desconto, mas quando chegamos ao empreendimento, apenas dois dólares foram abatidos ao valor normal da estadia e ainda tivemos que pagar pelo traslado, algo que não havia sido combinado com antecedência e só ficamos sabendo quando já estávamos no hostel.
Sem querer esquentar a cabeça, levamos o ocorrido de lição, afinal era só o primeiro dia. Muita coisa ainda iria acontecer e esse tipo de situação só nos deixou mais atentos para os futuros perrengues que cruzariam nosso caminho.
O hostel que nos hospedamos chama-se Compay e tem a localização como ponto alto, fica perto de praias, mercados, bares e comércio local, considerando que Punta Diablo é um vilarejo, onde tudo é relativamente próximo.
O Compay é bem low budget, sugestão para mochileiros que estão realmente dispostos a economizar e, embora não seja dos mais limpos, tem boa estrutura e ambiente divertido, fácil de fazer amizades.
Como Chegar
Chegamos em Punta del Diablo depois de pegar um ônibus da Rutas del Sol na fronteira do Brasil com o Uruguai no Chuí. O ônibus fez algumas paradas antes até chegar na rodoviária de Punta.
Transporte
Chuy → Punta del Diablo
– ônibus: Rutal del Sol– atualizado
– valor: R$ 15,00 (2014)
– tempo: 1 hora

Onde ficar
Nosso erro foi deixar que a empolgação nos tomasse e aceitar nos hospedarmos no primeiro lugar que surgiu, sem pesquisar antes outras opções.
O hostel El Diablo Tranquilo, recomendado pelo Lonely Planet um dos melhores do Uruguai, é nossa indicação de onde ficar em Punta Del Diablo. Mesmo não tendo ficado lá, fomos visitá-lo e é realmente muito bacana.
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→ hospedagem em Punta del Diablo
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Punta del Diablo é um vilarejo pequeno, mas muito agradável e que deve ser mais divertido em média temporada. A temperatura na cidade beirava os 40ºC, mas com uma brisa constante que amenizava a sensação de calor.
O vilarejo possui um pequeno centro, onde encontramos diversos artesanatos nativos e alguns bares de frente para o mar. Foi lá que achamos nosso bar para tomarmos nossa primeira Patricia, cerveja local bastante popular na região.
Depois da gelada para refrescar, fomos caminhar até uma outra praia, pois a praia principal é pequena e estava muito cheia. Preferimos um lugar mais calmos.



O que fazer
Listamos aqui 3 atrativos para fazer em Punta del Diablo, são eles:
Playa Grande: Saindo da praia do centro, pegamos uma trilha e andando através de dunas e encostas de pedras, chegamos na Playa Grande, uma praia muito bonita e quase deserta, diferente daquela outra do centro, e foi lá que pudemos desfrutar melhor da água.
Parque Nacional de Santa Teresa: Se trata de uma imensa área reflorestada com árvores nativas e espécies exóticas, além da ocorrência de dunas. Fora isso, o Parque disponibiliza uma grande e organizada área para camping, com mais de 50 km de trilhas no meio dos bosques de Santa Teresa. Fica depois da Playa Grande, a caminhada pode levar em média 2 horas.
Forte de Santa Reresa: Foi o lugar que mais nos prendeu a atenção. Um grandioso forte construído por portugueses e palco de diversas batalhas. Ao longo de sua história, o Forte já esteve sob o controle de espanhóis e até brasileiros. Atualmente, como não poderia ser diferente, é o exército nacional uruguaio que tem autonomia do lugar.
Todo o local e seu interior podem ser considerados como um grande museu: desde a capela, passando pela sala de armamentos e enfermaria, até o corpo da guarda, todo o roteiro é muito bem organizado e explicativo, com conteúdo bastante completo.
Para visitarmos o Forte de Santa Teresa, desembolsamos 40 pesos uruguaios. O passeio vale muito a pena.
Depois de imergirmos na história do Forte, voltamos ao centro de Punta del Diablo e encontramos outro barzinho, o Ohana bar, mais uma vez com vista pro mar. Lugar onde encontramos um bom som ao vivo, jazz e blues, além de saborear uma pizza grelhada na churrasqueira.
Apesar da cerveja não ser das mais baratas, curtimos o bar. Ótima atmosfera para fechar o dia depois de tantas aventuras, descobertas e aprendizados.
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Dica
Um detalhe importante sobre Punta del Diablo é que o vilarejo não possui caixa eletrônico, mas diversos lugares aceitam cartão, dólar e até mesmo real
Voltamos tão cansados para o hostel, que nem nos incomodamos com o quarto pequeno e quente em que estávamos hospedados, capotamos cedo, se nem perceber que estávamos em um party hostel.
O problema de usar moeda estrangeira por lá é que cada estabelecimento faz a conversão dos valores da forma que bem entendem, então a melhor coisa é ter em mãos o peso local.



Quando ir
Pensa que o sul do Brasil já é muito frio no inverno. Pois bem, o Uruguai está mais ao sul ainda, com isso o inverno é bem rigoroso para quem não está acostumado ou gosta de frio. As cidades grandes possuem seus centros e charmes, mas as praias ficam mortas.
Eem dúvida a melhor época para aproveitar Punta del Diablo é o verão, onde a pequena cidade se torna um importante balneário uruguaio.
Acordamos no outro dia bem cedo e demos continuidade a nossa viagem. Deixamos a segunda cidade do mochilão, e partimos em direção ao balneário de La Paloma.
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Turismólogo de profissão, Lucas é o faz de tudo no Boralá (inclusive escrever em 3ª pessoa, rs), desde montar o site, otimizar os texto, tratar cada foto, mídia social etc… Lucas se diverte criando, escrevendo e claro, viajando.
Parece ser uma cidade bem gostosa, deu vontade de conhecer!
Sim, é bem tranquila fora da alta alta temporada. Obrigado pela visita!
Achei os lugares tão lindos e tão cheio de cores que já deu vontade de conhecer!!!
Obrigado pela visita Juliana! Que legal que tenha gostado!
Valeu!!